domingo, 19 de novembro de 2006

Sozinho novamente


Depois de deixar o João Luiz no pier ele esta indo para Curitiba. Fiquei ancorado algum tempo defronte o pier público observando o movimento de barcos de turismo. É bastante gente que vai visitar as ilhas. Acabei indo para uma poita no Refugio das Caravelas, do Aldo super gente boa. Arrumei o barco, outra faxina geral para poder voltar à Curitiba no dia seguinte

sábado, 18 de novembro de 2006

ventania



Pela manhã fomos para Parati o João Luiz precisava comprar passagens. E por volta das 11h, quando estávamos voltando para a Ilha da Cotia entrou um baita vento, com rajadas de até 35 nós. Somente de genoa rizada, fazíamos 7 nós. Fiquei pensando no pessoal que tinhamos visto se preparando para uma regata. Soube mais tarde que um veleiro até perdeu o mastro. O mau tempo se instalou e acabamos voltando para perto de Parati. No jantar uma bacalhoada de sardinha em lata hehehe...

sexta-feira, 17 de novembro de 2006

Ilha Grande e baleias...




Pela manhã seguimos em direção ao sul da ilha e a surpresa ficou pelo avistamento de 2 baleias no canal emtre a ilha e Angra. Não sei espécie são, eram cinzas e tinham pelo menos 10m. Ancoramos para almoçar em Parnaoica. Comprei umas lulas frescas de um pescador, que logo foram incrementar um espaguete. logo em seguida rumamos em direção de Parati, onde fomos ancorar por volta das 18h na Ilha da Cotia. Quando anoiteceu resolvemos pescar usando de iscas lulas que sobraram. Logo depois de iscada, uma ferrada violenta levou o anzol com tudo. Animamos e ate armamos outra vara e não demorou muito para uma fisgada muito forte quase levar a vara. Foi uma boa briga, quase uns 15 minutos e por fim quando trouxemos para a flor dágua era uma arraia enorme... uma pena, deu um trabalhão para solta-la do anzol e devolver ao mar...

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

Enfim navegando de novo...


A intenção era seguir para Vitoria, deixar o barco lá e voltar para Curitiba por alguns dias. Minha filha estava voltando do Havai e meu filho fazendo vestibular e queria estar lá pra dar uma força. Mas quando liguei pro Iate Clube de Vitoria e me informaram que não haviam poitas disponíveis para visitantes, optei por voltar a Parati e deixar o Darumah lá até o mes que vem.
Meu amigo João Luiz chegou hoje e partimos, num dia lindo, para Parati. Atravessamos a enseada e fomos abastecer no Iate Clube Brasileiro e por volta das 10h estávamos deixando a Baia da Guanabara, pelo mesmo caminho que vim. Logo que passamos a Ponta do Arpoador o vento NE firmou soprando uns 14 nós e seguimos numa ótima velejada até quase o final da Restinga da Marambaia. No caminho encontramos uma mancha enorme que supomos ser de maré vermelha.Chegamos no Saco do Céu, na Ilha Grande, por volta das 21:30 h, o jantar foi um frango assado (quase queimado).

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Dias chuvosos...



Fiquei dois dias praticamente internado no barco, fazendo algumas manutenções e lendo o livro que comprei nesta semana "1421 O ano que a China descobriu o mundo", um livro muito interessante, resultado de uma pesquisa de 15 anos, onde o autor demonstra que 3 frotas de navios da China fizeram um levantamento de praticamente todo o mundo. Andaram pelas Americas, Antartida, Australia, Africa, etc... uma leitura muito envolvente, recomendo...

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

passeio pelo centro do Rio



Amanheceu chovendo, tempo feio, fechado... mesmo assim decidi dar um passeio no centro do Rio, peguei na praia de Jurujuba o catamaran que faz a travessia. Super confortavel e veloz. Logo estava na Praça 15. Não tinha nada pra fazer e acabei indo tomar um chopinho na Confeitaria Colombo. Que lugar bonito, do inicio do século passado, com aqueles espelhos majestais. Uma pequena amostra do que foi a vida naquela época, muito chic. Um glamour... Na volta optei pela barca que faz o centro de Niteroi, bem interessante e diferente do que imaginava. Muito tranquilo o meu passeio.

domingo, 12 de novembro de 2006

No Clube Naval Charitas


Acordamos cedo, fomos dar uma caminhada pela redondezas do clube. Existem alguns fortes, mas infelizmente no que fomos, estava fechado à visitação. De fato a questão de favelas é tema para muita discussão sobre o que fazer para acabar?? ou evita-las, ou como criar oportunidades. Perto do clube existem várias delas e é impossivel não pensar a respeito. Outra coisa que me chamou atenção foi uma grande criação de mariscos/ostras, cara depois que vi a situação da água não como marisco nem ostras no Rio de jeito nenhum... Jefferson partiu e feito só novamente. E novamente aproveitei a solidão para fazer algumas manutenções. Arrrumei a fixação do vaso sanitário, tinham colocado parafusos e nao tinham colocado porcas para fixa-lo, nao sei como nao tinha caido antes... De tarde fui na Diretoria de Informática para "registrar" meu notebook a fim de acessar o wireless deles. Funcionou bem, às vezes o sinal fugia um pouco no barco, mas bem melhor do que acessar via celular pagando uma grana... Pensei em retirar minha bike do paiol, mas fiquei com medo de perde-la em assalto na rua... no fim a gente tem uma idéia meio exagerada da violencia por aqui, mas o fato é que não vi nada nos dias que fiquei na marina...

sábado, 11 de novembro de 2006

Destino Rio de Janeiro


Saimos bem cedo, por volta das 6:30 h pois não queríamos chegar no Rio de noite, era minha primeira viagem pra lá e cautela nunca é demais. Apesar de ainda não estar bem, sentia ainda a musculatura do peito e parecia que ia gripar, a viagem foi muito tranquila. Fomos costeando e fizemos uma média de velocidade muito boa motorando, mais ou menos 7 nós. O mar tranquilo e o vento fraco ajudaram na viagem. Foi bem legal ir se aproximando da cidade e reconhecendo as montanhas, a Pedra da Gávea, Corcovado, Pão de Açucar. Logo depois da Pedra do Arpoador me aproximei mais das praias e passamos bem pertinho de Copacabana e logo depois Praia Vermelha. Como é linda essa cidade. Mas logo veio o desencanto, já dentro da baia, a água se tornou escura, quase preta, e com uma quantidade de lixo incrivel boiando. Atropelei um engradado de madeira e senti varios plásticos passando pelo hélice. Uma verdadeiro crime o que fizeram com essa baia.
Já tinha contatado anteriormente a marina da Glória por telefone e me pediram 108,00 por dia !! resolvi então ficar no Clube Naval Charitas que tinha um preço bem razoavel, 16,00 nos 2 primeiros dias e 32,00 para os demais. Como tinha esquecido que no plotter tem uma função de busca de clubes, e outra facilidades, fiquei alugando meu filho pelo telefone para conseguir as coordenadas do clube.
O pessoal do Charitas é muito atencioso, quando cheguei já tinha um marinheiro para me indicar o pier. Lá se amarra a proa no pier e a popa vai numa poita. O diferente é que não existe boia para a poita. Tem um cabo guia que fica amarrado ao pier e através dele vc chega à poita. Bem interessante... Chegamos às 16:30
depois de nos registrar e tomar um bom banho, jantamos na lanchonete um bom prato de bife a cavalo a um peço bem bom: 7,00.

sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Ilha Grande, chuva e frio


Não sei se foi esforço excessivo para retirar o hélice e a água fria, mas hoje acordei mal. Uma dor forte na musculatura do peito, febril e com diarréia. Às 8:30 saimos em direção à Ilha Grande. O tempo fechado e com chuviscos. Não sabia como se comportaria o novo hélice, mas foi uma grata surpresa em ver o bom desempenho dele. Aumentou a velocidade e o rpm em aceleração máxima. (8 nós a 3.800 rpm). Velejamos boa parte do trajeto, navegando em média a 7 nós e chegamos na Ilha Grande por volta das 14:30. Pensávamos em fazer um churrasco, mas como estava chovendo a picanha foi assada no forno. E de noite para aproveitar a noite excepcionalmente fria pra região, rolou uma sopinha de legumes. Nem parecia que estávamos no Estado do RJ, estava mais para Curitiba...

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

Saida frustrada


Acordamos cedo para sair em direção ao Rio de Janeiro com direito a escala na Ilha Grande. O dia estava lindo como um legítimo dia de verão. Logo na saída senti uma vibração estranha no héice. Desengatei, podia ser um plastico, engatei novamente e a vibração persistiu. Parei o motor e mergulhei. O helice do Darumah é da Volvo, do tipo folding de 2 pás (16x11). Assim que vi uma das pás totalmente aberta e a outra um pouco fechada, senti que tinha problema sério. Mais uma respirada e consegui ver que em uma das pás havia um fissura longitudinal ao eixo que faz ela se articular. Pronto, precisavamos voltar. Falei para o Jefferson dar meia a volta e amarramos novamente o Darumah no pier da Marina do Engenho.
A próxima providencia foi alugar um cilindro de ar (20,00), por sorte tem uma operadora de mergulho visinha à marina e por sorte tambem o Luiz gerente da marina me emprestou um "cordão umbilical" que é um conjunto de valvulas com uma mangueira de uns 10m. isso possibilitou deixar o cilindro no barco e mergulhar mais livre. Após varias subidas e descidas, finalmente saquei o hélice. Em seguida fomos no Garimpo Náutico, um brechó que funciona no Recanto das Caravelas e por sorte achei um helice 3 pás (350,00) que serviu certinho na rabeta.
Faltava agora uma porca de fixaçãom tinha a do helice danificado, mas precisamos fazer uma adaptação com uma peça de alumínio e no fim de tarde conseguimos finalmente deixar o Darumah em condições de viajar. O hélice defeituoso enviei para Curitiba para o Flavinho da Linx Marine, um expert nesses assuntos, para avaliar o que de fato ocorreu.
E enquanto trabalhávamos no hélice o pessoal do Tocorimé, um veleiro de madeira, construído na amazônia se preparava para viajar. No jantar rolou uma lasanha e vinho...

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

preparando...


Continua ventando sul, mais fraco que ontem... Dia de faxina geral, lavar costado, cabine e banheiro. Fiz um almoço, espaguete a bolonhesa, que acabou sobrando até pro jantar. Betinho veio me dar uma carona para eu fazer supermercado, preciso abastecer o barco para viajar. À tarde fui no Paratii II fazer umas fotos, acabei fazendo varias do Igor filhinho do Flavio, que depois passei pro notebook dele. Tomamos um cafezinho e depois ele me mostrou o "Paratizinho", show de bola, de uma simplicidade impressionante. O Jefferson chegou hoje às 22h fui busca-lo na entrada. Amanha o destino é Rio de Janeiro.

terça-feira, 7 de novembro de 2006

ainda na Marina


Hoje o dia amanheceu diferente, ventando Sul, uns 23 nós. aproveitei e troquei o cabo da proa que estava na boia. O Flávio me mostrou o Paratii II, super atencioso me mostrou todos os sistemas do barco. Ele é um profundo conhecedor do barco, sabe de hidraulica, eletrica, motores, navegação, velas e ainda é o cozinheiro oficial.. De fato é um barco super preparado para qualquer situação de mar.

segunda-feira, 6 de novembro de 2006

Marina do Engenho


De manhã fui abastecer de diesel e gelo. Desde Paranaguá foram 60h de motor e fiquei muito satisfeito com a baixa média de consumo: 1,7 litros/hora. Resolvi ficar alguns dias na Marina do Engenho, atendem pelo VHF 68 ou 24 9999.9957 Luiz Pizão), atendimento muito bom, fiquei no pier bem ao lado do Anny Way ex-barco do Crespo e do Paratii II. Depois de abastecer o barco com água e lavar roupa, tirei minha bike do paiol e sai para uma pedalada pela estrada de Cunha e pelo centro historico de Parati. Voltei à tarde pra marina e encontro o Betinho, velejador, voador, e agora morador de Parati. De tardezinha me buscou para uma lasanha na sua casa. Mas antes do jantar fomos tomar um banho de cachoeira perto da casa dele. Ele construiu a casa na estrada para Cunha, uma graça de construção. No jantar conheci alem da sua filhinha Estela, o Flavio marinheiro dos Paratis e sua esposa Ana. Foi um jantar otimo. Flavio contou das viagens do Parati II à Antartida e o Betinho se deliciando em relatar o dia em que ele foi levar o Paratizinho para Ilhabela.

domingo, 5 de novembro de 2006

Velejada à Ilha do Cedro


Como estava sozinho a bordo, tudo ficou sem pressa. Aproveitei para fazer uma faxina geral, afinal depois de 3 dias com 4 marmanjos a bordo, as coisas estavam meio bagunçadas. Como estava um dia lindo, muito sol e ventando NE fresco, resolvi dar uma velejada até a Ilha do Cedro mais para dentro da Baia de Angra. Uma lugar belíssimo, com um lugar perfeito para ancoragem, bem abrigado de ventos. Tentei fazer um snorkeling mas a agua estava um pouco turva. Almocei , dormi e quando acordei las pelas 16h o vento tinha apertado, agora soprava a uns 23 nos de SE. Voltei só de genoa fazendo uns 6 a 7 nós. Dormi novamente na prainha.

sábado, 4 de novembro de 2006

llhaBela - Parati


Às 2 da manhã saimos. Ventava forte o NE, 20 nós. Ali dentro do canal o vento sofre uma amplificacao, pois o mesmo é canalizado e "espremido" pelas encostas da ilha e continente. Mas ao sairmos ao largo o vento caiu para uns 12 nós. Com o vento na cara não houve outra opção senão motorar novamente. O que não trás desconforto algum, já que o Yanmar 3GM30F é muito silencioso e econômico.
Por volta do meio dia já estávamos na Ponta da Joatinga, num mar muito calmo. Como vinhamos corricando, vimos a aproximação de um bando de golfinhos junto às nossas iscas. Recolhemos elas para bem perto do barco e os golfinhos encostaram e vinham curiosos, observar as coloridas iscas. É incrivel a velocidade e curiosidade desses bichos. Nos acompanharam por um bom trecho e depois sumiram.
Por volta das 14 h fundeamos na Ilha da Cotia, onde fizemos um churrasco e tomamos boas cervejas. Como todos os tripulantes tinham de voltar, os levei até o pier de Parati para tentarem comprar passagens para São Paulo. Logo retornaram para buscar as bagagem, pois tinham conseguido passagens para Taubaté e já iam sair. Fiquei sozinho a bordo e fui fundear na prainha, que no passado já foi ponto de encontro de notórios "vagabundos dos mares".

sexta-feira, 3 de novembro de 2006

Chegada a Ilhabela




O dia amanheceu e estávamos nos aproximando da Lage de Santos, onde devia ter um sinal luminoso, mas estava apagado. O vento continuava fraco, de NE e o mar ainda bem calmo e seguiamos motorando desde nossa partida. Foram duas noites e um dia inteiro até agora e tudo correu super bem. Bons papos se revesando no cockpit e tempo para dar aquelas dormidas preguiçosas. Estavamos corricando o tempo todo com duas varas e ... nada! De repente senti que vinha rebocando algo e era uma salteira pequena, mas que saiu do anzol assim que comecei a recolher. Sorte dela e minha, pois nao estava a fim de lidar com peixe...
Desde quando tinha comprado o barco, vivia às turras com o piloto automático um ST-4000. Motorando ele funcionava super bem, mas com velas ele vivia ziguezagueando. Já tinha tentado de tudo, pensei até em trocar o pinhão da roda para deixá-lo mais sensivel. Mas tinha um parametro que vinha setado de fabrica que eu ainda nao tinha alterado, o TRIM_qualquer_coisa e foi so baixar o valor deste parametro e voilá passou a funcionar uma maravilha.
No final da tarde chegamos ao Canal de São Sebastião e fomos direto à sub-sede do Iate Clube de Santos com quem meu clube tem convênio. Eles recebem muito bem, tem umas instalaçoes muito boas. Após um super banho, fomos tomar um chopp e comer um peixe no centro de Ilhabela. Voltamos logo para o barco, todo mundo cansado. Dormi feito uma pedra.

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Início da viagem


Depois de muita preparação, afinal foram quase dois meses e inúmeras idas e vindas entre Curitiba e Paranaguá. Revisei praticamente tudo, desde estaiamento. Subi no mastro, chequei cada brandal e cada estai. Troquei todos os filtros do motor. Minha mulher cuidou acondicionamento de alimentos em garrafas PET, uma boa ideia para protejer de umidade. Como gosto muito de cozinhar, até uma adaptação no fogão foi feita, instalei um boca no centro do fogão para possibilitar o uso de panelas maiores. O Flavinho me ajudou muito nessa tarefa.
Tinha que fazer uma preparação legal, pois a idéia é ir até Salvador, mas sem pressa e sem muitas datas a cumprir..
Ao final deste período já não tinha mais o que fazer, só me restava ir...
E assim saimos do Iate Clube de Paranaguá por volta das 00:30h, tempo fechado e chuviscos. A tripulação estava animada, Veiga, Bandil e Claudinei. O veleiro Four Winds do Ricardo tambem ia junto, mas logo depois de uma 1 hora de navegada ele resolveu retornar com problemas na refrigeração do motor. Às 3 da manhã já estávamos saindo pelo Canal da Galheta, que como na maioria das vezes bem mexido. Lá fora tudo tranquilo quase sem vento e o mar bem tranquilo, sinal de longa motorada. Não gosto muito de sair em viagem à noite, pois acho que voce já inicia cansado e vai enfrentar normalmente uma noite em que vc dorme bem pouco.
O dia amanheceu e seguíamos bem, fazendo uma média boa de velocidade (6 - 6,5 nós), mar calmo e quase sem vento. Jogamos as iscas na água e começamos a corricar... Infelizmente só um pequeno peixe teve o azar de ser arrastado por algum tempo e depois saiu sozinho da isca. Esse é um trecho bem longo da viagem, pois a proxima parada seria Ilhabela e estimávamos umas 40h de viagem, previsao que se mais tarde se confirmou...